Brincadeiras com stop-motion, animação

Andei brincando com sequências de imagem nesse meio tempo, e só agora rolou "finalizar" e jogar no vimeo algumas delas.

(São videozinhos curtos, então alguns deles duram menos do que o tempo de loading, e como sou grosso e não coloquei um tempo de espera na introdução, você vai ter que ser legal e apertar play depois deles carregarem.)



Esse primeiro é um exercício de animação de boneco articulado que fiz com o colega Canadá, seguindo algumas dicas do The Animator's Survival Kit do Richard Williams (http://bit.ly/uMaSSD), como a da imagem abaixo:

Nesse outro simulamos o encontro de dois personagens usando o mesmo boneco. Tentamos diferenciar um do outro com algumas variações no movimento da caminhada, já que personagens diferentes tem trejeitos diferentes.

Este é uma experiência com Lensbaby para simular a visão da escotilha de uma nave espacial alienígena em um universo feito papel e arame durante uma viagem de um planeta para outro (ou de um lustre da minha sala para outro).

Este é a sequência de todas as paginas da Bíblia que emulsionei com papel salgado e Van Dyke para o meu projeto de TCC. É como se o Santo Sudário fosse um filme.

Melhor foto de 2009

Bom, essa foi a melhor que fiz em 2009. Fotografei muito pouco.

Essa foto tem duas caracteristicas que acho bem interessantes, quanto à composição: "profundidade" (primeiro plano desfocado, objeto principal focado e fundo desfocado); quanto à iluminação: a "relaçao claro-escuro" do objeto principal com o fundo (onde está claro em um está escuro no outro).

Seguem algumas fotos jornalisticas de 2009 que tem a profundidade como principal característica na composição:

Kevin Frayer / AP

Kevin Frayer / AP

David Guttenfelder / AP

Tauseef Mustafa / AFP

Jerome Delay / AP

Kevin Frayer / AP

Kevin Frayer / AP

Eloy Alonso / Reuters

Toby Melville / Reuters

Bernat Armangue / AP

Aly Song / Reuters

A relação claro-escuro da maneira que eu expliquei é dificil encontrar em fotojornalismo, mas achei uma foto com essa característica, e curiosamente é um retrato de Johannes Itten, um dos maiores estudiosos sobre a relação entre as cores:

Teatrum Laboris

Faz um tempo que não tenho tempo pra fotografar como eu gostaria. To apelando para o desenho, dá pra fazer no trabalho e é relaxante. Terapia ocupacional talvez?

Bom, to reproduzindo, tratando e colorindo, tudo muito toscamente pra não roubar o emprego de grandes desenhistas que andam por ae.

Tenho mais vários desenhos prontos, logo jogo eles aqui.

Vergonha Nacional

Protesto contra a continuidade do Senador José Sarney como presidente do senado.

É, brinquei de fotojornalista, coisa que nunca tinha feito antes. Descobri que coisas feias são feias e pronto, não dá pra mudar a luz. Descobri também que é a maior idéia de girico marcar um protesto na Paulista, as 14h com um sol incrivelmente quente. Ainda tinham uns caras que gritavam "Quem não pula é Sarney!" e todo mundo (menos eu) pulava. Idéia de girico master.

Outra coisa meio esquisita foi o número grande de fotógrafos e videomakers, amadores e profissionais: acho que um terço dos presentes estavam registrando o protesto. Ah, e todo mundo da classe média alta, iphones pra todo lado... não parecia um protesto muito "popular".

UPDATE: saiu no The Times.
UPDATE2: sairá na revista Isto É n. 2077

Cerveja

Bom, muito tempo sem postar, vou compensar com um conteúdo bacana: Cerveja.

Esta é a Amsterdam Maximator, uma das mais alcoólicas que já experimentei. O gosto não é assim, uma maravilha, acho doce demais... mas é uma solução bem interessante para quem quer ficar mesmo é bebado.

E aqui está o nosso estúdio:

Fizemos umas 6 fotos, uma para cada luz (é, 6 luzes para uma latinha) e juntamos todas no nosso programa de tratamento favorito, o MS Word 97, digo, Photoshop usando lighten como blending mode. Mais alguns ajustes e pronto: 1ª versão pronta.

Como estamos trabalhando em dupla, eu e o Fábio, sempre acabamos com n versões, o que está bom pra um não está pro outro. Tenho certeza que esta foto sofrerá vários ajustes antes de agradar aos dois.

Ah, antes que eu me esqueça, eis o site da cerveja. Lá você pode encontrar as fotos oficiais (na verdade as vezes eu acho que é desenho) e comparar com a nossa :) .

Ring LED

Eu e o Fabio fizemos umas contas outro dia: um ring flash custa em média R$ 1700,00, um LED custa R$ 1,50. Fizemos um "Ring LED".

A luz é contínua e não muito forte, talvez porque usamos somente 18 LEDs grandes ao invés de trocentos LEDs pequenos, mas é muito parecida com a luz de um ring flash:

Para retratos não é uma solução tão incrível porque o autofoco não se mostrou tão eficiente, talvez pela potência baixa da luz ou ainda pela própria iluminação não fazer muitas sombras: o contraste fica baixo e portanto o sistema de autofoco não consegue detectar bem as bordas.

Para still a história é bem diferente:

Fixando a camera em um tripé a baixa potência da luz não é mais um problema (compensa-se aumentando o tempo de exposição) e variando a distância do "Ring LED" para o objeto a luz pode mudar loucamente: na primeira destas duas fotos o ring estava ao redor do objeto, encostado no chão, e na segunda estava ao redor da lente.

Bom, seguem umas fotos tosquissimas do "Ring LED":

A má noticia: depois de uma hora de uso um trio de LEDs parou de funcionar... troquei o LED queimado... mais uns minutos e pimba! Outro trio parou de funcionar. Decidimos pesquisar, afinal nem eu nem o Fábio sabemos nada de eletrônica além de que 3 LEDs de 4 Volts ligados em série precisam de uma alimentação de 12 Volts (ligamos 6 grupos de 3 LEDs em paralelo para o circulo todo). Encontrei informações aqui e aqui. Parece que precisamos de alguns LEDs novos e 6 resistores de 50 Ohms...

A caixa mais estranha

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Documentação:

(os objetos serão, quando necessário, referidos aqui pelo "title", ou seja, pelo nome que aparece quando se deixa o ponteiro do mouse sobre a imagem/video por um certo tempo)

-> as imagens "IMG_0091", "IMG_0091-500-crop" são macros da tela da TV feitos com uma camera de CCD 4:3 com uma objetiva 100mm macro munida de um polarizador.

-> o vídeo foi feito nas mesmas condições da imagem "IMG_0091", tendo 640x480 e 30 fps.

-> a imagem "tony-montana-500-crop": ISO 12800, obj. 55m, exp. 1/200, F5,6 e cropada a 500px. A faixa preta no topo é proveniente do espaço de varredura criado pelo canhão da TV.

-> as imagens da "linha1" à "linha4" foram feitas com uma camera de CCD pequeno, uma Powershot a80, que facilitou a "caça" aos rostos por ser pequena. Estas imagens não foram cropadas.

-> para o tratamento (um auto-levels básico) e manipulação (o agrupamento de 2 em 2, por exemplo) de quase todas estas imagens usei um programa bem interessante, o ImageMagick que merece ser citado por ser opensource, veloz, versátil e em linha de comando, facilitando o trabalho com várias imagens ao mesmo tempo. Quando foi necessário fazer cortes, usei o Gimp ou o Photoshop (o ImageMagick também pode cortar as imagens, mas sem abri-las, então fica meio difícil acertar ;]).

-> a imagem "linha5" foi feita com uma canon powershot a95 com CCD zuado, gerando este ruído vertical estranho. Aumentei a gamma no photoshop.

CCD

Faz um tempo ganhei uma camera do meu primo (uma Canon Powershot a95) que estava com o CCD pifado, gerando padrões roseos não muito interessantes para a vida de um economista. Passou um tempo e o Spock, colega que mora em casa, me presenteou com outra a95, também quebrada (Spock também lida com economia, talvez o problema não seja do modelo da camera e sim desse povo que lida com economia). Procurei saber o que aconteceu com a linha a95 e descobri que os CCDs delas todas vieram de fabrica com problemas e que a Canon se comprometeu a arruma-las for free desde que sejam entregues na Canon.

Preciso ver se essa entrega na Canon é viável, caso contrário ficarei com elas aqui e como tenho duas vou abrir uma delas para ver como é por dentro.

Também tenho comigo duas cameras de vídeo que não lembro de onde vieram. Uma delas já desmontei e montei várias vezes, acho que ela tem algum problema parecido com o das a95, mas bem mais grave e provavelmente sem conserto.

O legal disso tudo é que os defeitos de CCD geram ruídos interessantíssimos, provavelmente não reprodutíveis digitalmente.

Pirataria

Pirataria é o maximo!

Prova cabal de que é impossível conter o avanço, o espalhamento (faltou uma palavra melhor), da informação e de que até mp3 tem aura, afinal, encontrar aquela música ótima, interepretada por aquela cantora que você adora, com o acompanhamento daquele instrumentista fantástico (que deixou poucas gravações) é maravilhoso. Mais raro do que tirar uma foto com a torre Eiffel ao fundo.

Pois bem, encontrei um vídeo da Marisa Monte e do Raphael Rabello tocando Cry me a River:

Bom, estes são as minhas fontes prediletas de música brasileira:

http://www.jazzmanbrasil.com/

http://capsuladacultura.com.br/

http://discotecanacional.blogspot.com/

http://umquetenha.blogspot.com/

Júlio

Este é meu irmão.

Sem dúvidas meu melhor modelo.

Tenho esta outra foto, de outro dia, com um filme preto e branco:

A colorida é mais recente, deve ter uns 2 anos e a preto e branco deve ter uns 4, da época que eu fotografava com Ilford HP5.

Acho engraçado ter essas fotos em situações tão parecidas e reparar que meu irmão foi se soltando frente a câmera ao longo do tempo.

Outro dia estava fuçando no orkut do garoto e encontrei esta montagem que ele mesmo deve ter feito:

Um belo auto-retrato. Já estou vendo a Francesca Woodman perdendo espaço nas galerias.

Nova Digitalização

Digitalizei a sequencia de fotos da qual escolhi o fotograma utilizado no meu TCC e descobri que deveria ter feito isso antes, são fotos bem estranhas.

O negativo ainda não está tão sujo quanto eu gostaria, mas eu escanearei novamente daqui um tempo, quem sabe até lá alguns fungos roseos não se instalam na gelatina e tudo fica perfeito.

Não sei o nome deste senhor.

Ele mora na Lapa.

Ele me assusta até hoje.

Preto e Branco

Finalmente estou livre para produzir mais uma vez, portanto espero postar mais neste blog.

Nestes ultimos dois dias tirei umas fotos em filme preto e branco, coisa que não fazia faz tempo. Foi uma aventura interessante:

1) usar um filme desconhecido, provavelmente vencido há um bom tempo, sem saber o ISO ou tempo de revelação. Chutei FortePan 100, um filme que comprei fazem alguns anos (talvez 3) junto com o Felipe Bertarelli e acertei.

2) usar minha Minolta 7000 com sua gloriosa 50mm 1.4.

3) fotografar na minha casa mesmo, em um momento de grande bagunça.

4) revelar e escanear tudo em um dia.

O resultado me agradou bastante, talvez pelo fazer da coisa mesmo, nem tanto pelas imagens. Foco fino (quase não perceptível em algumas fotos por causa da baixa resolução do filme) e desfocosuave em quase toda imagem, poeira, bagunça e uma certa nostalgia do presente... coisas do analógico preto e branco.

Como sabem o ensaio todo pode ser encontrado no meu flickr

Tratei essa foto do Fabio Tavares

Foto original de Fábio Tavares

estou aprendendo a fazer fontes, quando eu terminar, explico como faz.